As calamidades provocadas por fenômenos naturais são parte inseparável da existência humana. Os registros destas calamidades sejam elas principalmente terremotos, erupções vulcânicas, ciclones e enchentes, constituem uma longa lista ao longo da história com perdas descomunais em vidas e bens materiais. O quem tem mudado são de um lado um conhecimento maior de suas causas e o desenvolvimento de melhores condições de prevê-las e enfrentá-las e, de outro, a capacidade que os meios de comunicações estabeleceram de acompanharmos estes fatos praticamente ao vivo, sentados em frente ao televisor.
Tornamo-nos, assim, espectadores privilegiados e, em alguns momentos -- tão vívidas são as imagens e as informações que nos chegam -- quase protagonistas destas tragédias.
Os recentes terremoto e subsequente tsunami no Japão são exemplos disto.
De um momento para o outro passo a saber da existencia, por exemplo, de Tsuna Kimura, uma japonesa de 83 anos, que escapou do tsunami em uma bicicleta.
A idosa, que passou a vida trabalhando em fazendas de arroz, relatou que assim que ouviu o alarme de tsunami subiu em sua bicicleta e saiu pedalando, sozinha, sem ter idéia para onde ir.
Ela disse que estava em casa quando o alarme soou e que pensou que "o Japão ia desaparecer debaixo de água". Para Tsuna, que tem dois filhos mas mora sozinha (diz que não quer ser um peso para os filhos) e está agora em um abrigo , a situação atual lembra os dias seguintes ao lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki em 1945. Tsuna era adolescente à época.
No Japão atual e particularmente na região atingida, predomina a população de idosos que pela própria condição física teriam tido mais dificuldades de fugir do tsunami.
Regra que parece não ter se aplicado a Tsuna que, com seus 83 anos, valeu-se da bicicleta para poder distanciar-se da onda gigantesca.
Seria a oportunidade , que um político logo poderia aproveitar, de colocar a bicicleta de Tsuna em um museu para que permanecesse como uma espécie de monumento à sua determinação e ao valor neste caso plenamente evidenciado desta magnífica máquina sobre duas rodas.
Tornamo-nos, assim, espectadores privilegiados e, em alguns momentos -- tão vívidas são as imagens e as informações que nos chegam -- quase protagonistas destas tragédias.
Os recentes terremoto e subsequente tsunami no Japão são exemplos disto.
De um momento para o outro passo a saber da existencia, por exemplo, de Tsuna Kimura, uma japonesa de 83 anos, que escapou do tsunami em uma bicicleta.
A idosa, que passou a vida trabalhando em fazendas de arroz, relatou que assim que ouviu o alarme de tsunami subiu em sua bicicleta e saiu pedalando, sozinha, sem ter idéia para onde ir.
Ela disse que estava em casa quando o alarme soou e que pensou que "o Japão ia desaparecer debaixo de água". Para Tsuna, que tem dois filhos mas mora sozinha (diz que não quer ser um peso para os filhos) e está agora em um abrigo , a situação atual lembra os dias seguintes ao lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki em 1945. Tsuna era adolescente à época.
No Japão atual e particularmente na região atingida, predomina a população de idosos que pela própria condição física teriam tido mais dificuldades de fugir do tsunami.
Regra que parece não ter se aplicado a Tsuna que, com seus 83 anos, valeu-se da bicicleta para poder distanciar-se da onda gigantesca.
Seria a oportunidade , que um político logo poderia aproveitar, de colocar a bicicleta de Tsuna em um museu para que permanecesse como uma espécie de monumento à sua determinação e ao valor neste caso plenamente evidenciado desta magnífica máquina sobre duas rodas.