quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Subindo a Ladeira

Preciso explicar o contexto da foto.
Estou em Florianópolis, no bairro Pantanal, esperando na parada o ônibus para voltar para o centro. É quando percebo, aproximando-se lentamente, o ciclista.
Por alguma razão sua figura me chama a atenção. Emprega uma bicicleta de marchas que, se não aparentasse tão desgastada, poderia até se dizer muito boa.
Ele, por sua vez, completa esta impressão de abandono pois parece muito cansado além de vestir uma roupa surrada.
Como no bagageiro carrega um ancinho e mais alguma ferramenta de trabalho sou levado a supor que trabalha em limpeza de jardins ou algo assim.
O curioso, no entanto, é que apesar desta aparência geral de abandono, ele guarda uma espécie de dignidade que ainda consegue sobressair-se.
Aparenta ter cinquenta anos, talvez mais.
Passa por mim bem devagar, como se estivesse cansado.
Ao ver a cena meu impulso é de fotografá-la.
Ele logo, no entanto, dobra a esquina pouco adiante da parada e começa a subir a ladeira que inicia a seguir. Ainda pedala uns metros mas , pouco adiante, desce da bicicleta.
Tiro a máquina da mochila onde a carrego e corro para me posicionar. Tenho que ir para o meio da rua onde alguns carros atravessam mas ainda consigo tirar a foto.
Teria que pensar melhor para entender o que tanto me atraiu na cena.
Pode ter a ver com o anonimato do ciclista, com sua condição desfavorecida, com a fragilidade de suas forças físicas e a precariedade da bicicleta para enfrentar o obstáculo da ladeira, enfim, são muitas as coisas que me vem à mente.
Coisas que também me fazem pensar por um instante na insignificância de nossas existências que procuramos conduzir dentro de nossos limites, muitas vezes pedalando, como no caso, uma bicicleta.
Ou. quando o obstáculo é maior do que nossas forças, levando-a pela mão até chegarmos ao destino.

domingo, 12 de setembro de 2010

Julia Roberts de Bicicleta

Julia Roberts em seu mais recente filme faz um comentário sobre Buenos Aires, publicado no jornal La Nación, que reproduzo.

En una de las escenas fundamentales de Comer, rezar, amar, Elizabeth (Roberts) necesita irse de Nueva York, cambiar de aire y por eso recurre a un baúl dónde atesora imágenes de los lugares en el mundo que más desea conocer. La primera foto que aparece en pantalla cuando se abre ese arcón de la fantasía viajera es una de Buenos Aires.

"Fue mi decisión que se viera esa imagen de Buenos Aires primero. No está en el libro. Me encanta la ciudad y fue de lo más extraño, porque cuando tuve que decidir qué es lo primero que ve Elizabeth cuando abre esa caja me vino la idea de Buenos Aires", explica Ryan Murphy, responsable del guión y de la dirección del film.

"Es un lugar tan apasionado, tan bello y exótico para un norteamericano que me imaginé que el personaje podría haberlo visitado en sus viajes para las revistas para las que trabajaba. Y funciona en el contexto de la historia y los cambios que la protagonista quiere hacer porque se trata de una ciudad completamente diferente de su Connecticut natal. Además, también es una especie de guiño para Javier Bardem, que ama esa ciudad" ,


Mas o que isto ou Julia Roberts tem a ver com bicicleta? Por enquanto, como ainda não vi o filme, só a foto...