O ciclismo de competição não tem sido um tema abordado em Ciclistas Anônimos que tem outro foco.
No entanto, nem por isto deixo de me render à emoção e à estética das provas de rua e de estrada. E, ao ler que o calendário internacional deste ano acaba de ser inaugurado com a prova “ Cancer Council Helpline Classic” realizada na Austrália, tive uma lembrança de Florença.
A notícia da prova australiana surge, vale registrar, tendo como principal motivo a presença do americano Lance Armstrong agora correndo por uma nova equipe, Radioshack.
Mas a disputa acaba ficando por conta do duelo entre as equipes Colombia de André Greipel e o novo Team Sky que ocuparam as primeiras posições.
Armstrong, a atração, ficou apenas num modesto 62º lugar mas sem se inquietar. Segundo declara ao jornal francês que o entrevista, "c'était une bonne reprise. (...) Je me sentais mieux aujourd'hui qu'il y a un an. Il y a un an, j'étais comme une poule chevauchant un couteau. (...) Je veux être à un niveau supérieur plus longtemps. Je veux avoir la condition au printemps et au début de l'été pour obtenir une victoire quelque part avant le départ du Tour de France".
Ah, ia me esquecendo, a lembrança de Florença a qual me refiro acima, é de uma prova de rua, noturna, que por acaso presenciei e me deixou uma lembrança inesquecível. Num dado momento quando os competidores faziam uma curva apertada do circuito, repleto de público nas calçadas, uma mulher surge, inesperadamente, atravessando a rua. Um competidor que vinha bem próximo quase a atropela. A reação da multidão, italianos apaixonados por ciclismo, é imediata e indignada.
“Putana, putana” gritam furiosos.
Naquela mesma noite peguei um trem para Annecy na França mas, até hoje, passados muitos anos, pareço ouvir, bem alto, em meio ao cenário de tanta riqueza histórica, artística e arquitetônica quanto o de Florença, aqueles palavrões ecoando dentro da noite.
domingo, 17 de janeiro de 2010
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Ciclista Francês
Outro dia deparei-me com a notícia de que um turista francês foi barrado no acesso à Ponte Rio-Niterói quando ia tentar a travessia de bicicleta.
Aos guardas que o detiveram ele explicou que era apenas um turista que queria conhecer Niterói sem saber que era proibido trafegar de bicicleta na ponte.
Ou seja não era terrorista nem manifestante fazendo protesto.
E como era francês e não um habitante do Rio e, muito menos, do subúrbio, os funcionários da ponte o teriam levado numa pickup para Niterói com sua bicicleta no bagageiro para conhecer a cidade do outro lado da Baía de Guanabara.
A notícia não diz como ele voltou, se talvez de novo de carona ou pelas barcas porque nelas tenho a impressão que seja possível o transporte de bicicletas.
Do contrário não haveria possibilidade de um ciclista atravessar de um lado a outro a baía.
Não sei se tem muita relação mas o fato lembrou-me a ocasião em que, atravessando a pé a ponte do Brooklyn , quase fui atropelado por um ciclista.
A tradicional ponte, muito mais antiga do que a Rio-Niterói , já previa em seu projeto circulação para ciclistas e pedestres que se situa acima da pista de carros.
Mas há, é bem verdade, diferenças que é preciso considerar.
A ponte do Brooklyn tem uma extensão de 1834 metros enquanto a Rio-Niterói de 13,29 quilometros.
Fico assim na dúvida da viabilização, em algum momento, da ponte Rio-Niterói para bicicletas, até, hoje, pelo próprio esgotamento de sua capacidade de escoamento do fluxo de automóveis. A foto (de Luiz Alvarenga) dá bem uma idéia disto.
Enfim, de lamentar que o ciclista francês não tenha completado a travessia.
Assim poderíamos ter , pelo menos, o relato de uma experiencia que , ao que parece, é inédita.
Aos guardas que o detiveram ele explicou que era apenas um turista que queria conhecer Niterói sem saber que era proibido trafegar de bicicleta na ponte.
Ou seja não era terrorista nem manifestante fazendo protesto.
E como era francês e não um habitante do Rio e, muito menos, do subúrbio, os funcionários da ponte o teriam levado numa pickup para Niterói com sua bicicleta no bagageiro para conhecer a cidade do outro lado da Baía de Guanabara.
A notícia não diz como ele voltou, se talvez de novo de carona ou pelas barcas porque nelas tenho a impressão que seja possível o transporte de bicicletas.
Do contrário não haveria possibilidade de um ciclista atravessar de um lado a outro a baía.
Não sei se tem muita relação mas o fato lembrou-me a ocasião em que, atravessando a pé a ponte do Brooklyn , quase fui atropelado por um ciclista.
A tradicional ponte, muito mais antiga do que a Rio-Niterói , já previa em seu projeto circulação para ciclistas e pedestres que se situa acima da pista de carros.
Mas há, é bem verdade, diferenças que é preciso considerar.
A ponte do Brooklyn tem uma extensão de 1834 metros enquanto a Rio-Niterói de 13,29 quilometros.
Fico assim na dúvida da viabilização, em algum momento, da ponte Rio-Niterói para bicicletas, até, hoje, pelo próprio esgotamento de sua capacidade de escoamento do fluxo de automóveis. A foto (de Luiz Alvarenga) dá bem uma idéia disto.
Enfim, de lamentar que o ciclista francês não tenha completado a travessia.
Assim poderíamos ter , pelo menos, o relato de uma experiencia que , ao que parece, é inédita.
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