Quando surgiram os primeiros seguidores de Ciclistas Anônimos confesso que me surpreendi.
Seriam como uma espécie de apóstolos?
Entre eles já estava o Poti Campos que se converteu ao ciclismo como Paulo de Tarso ao cristianismo. Poti relata, em alguma parte de seus escritos, como isto ocorreu, ou seja, como foi a sua estrada de Damasco.
Neste meio tempo foram surgindo outros seguidores até chegar aos atuais onze:Horacio,Victor Teramoto, Rejane, Poti Campos, Fernanda Tomiello, Maria Sandra, Luis Patricio, Indira, Gilda Viegas, Elen e Eduardo Kohlrausch.
Falta um para serem doze e completar o número de apóstolos.
Nossa missão?
Sair pregando o evangelho do pedal, ir espalhando a boa nova de que existe salvação para o mundo, para a poluição, para a desgraça que se abate sobre nossos corações em meio ao congestionamento do tráfego nas grandes e médias cidades.
Deixo o Horacio ir na frente, como o mais arrojado, sinalizando com a mão cada vez que vai dobrar para a direita ou para a esquerda pedalando na frente de um pelotão de automóveis. Aliás, presenciando isto, já tive a forte impressão de que os carros todos iriam seguí-lo como se estivessem sendo pastoreados.
O Poti pode escrever um dos Evangelhos.
Eu, como não quero ser Cristo nem crucificado, creio que fico com a missão de escrever um outro Evangelho.
Resta saber o que fariam a Fernanda e os outros que nos seguem. Uma primeira missão, aliás, é converter o Guto, o Gian e o Sandro que não estão entre nós. O Marcus Cunha também.
Por fim, precisamos de um milagre.
Talvez alguém, com estes dotes, possa sair andando de bicicleta sobre as águas...
segunda-feira, 15 de junho de 2009
quarta-feira, 10 de junho de 2009
A Bicicleta Na Minha Esquina
Ao sair de casa deparo-me, na esquina, com esta bicicleta.
Verifico que está cuidada, com indícios, até pelo modelo, de poder tratar-se de uma bicicleta feminina , mas está sózinha, presa por um cabo com cadeado, ao suporte da placa de sinalização.
Seu dono ou dona, tudo indica, afastou-se para fazer alguma coisa, talvez até comprar algum medicamento na farmácia em frente.
A bicicleta, enquanto isto, companheira, aguarda quieta, sossegada, até seu retorno.
Ocorre-me que os cães e as bicicletas, talvez se possa dizer, sejam os melhores amigos do homem.
Não exigem muito, o que significa que podemos mantê-los com pouco. Têm a capacidade, quando não lhes damos muita atenção, de ficarem em um canto, sempre prontos, no entanto, a nos atender quando lembramos que estão por perto.
Mas voltando à bicicleta, simpatizei tanto com ela que pensei até em esperar pelo dono.
Queria cumprimentá-lo, dizer-lhe: " que bela bicicleta você tem, tão obediente!..."
Mas eu estava com pressa.
Disse tchau para a bicicleta e segui adiante.
Já mais distante olhei para trás e percebi que alguém se aproximava da bicicleta.
Seria um ladrão?!
Enquanto fiquei por um instante acompanhando a cena, a pessoa começou a livrar a bicicleta da placa.
Procurei então me aproximar para acompanhar melhor e só então, já mais perto, pude perceber que se tratava de uma mulher com os cabelos presos e boné.
Ainda tentei chegar mais perto ,com a intenção de tentar dizer-lhe alguma coisa, mas a oportunidade já passara.
Com a bicicleta já solta pôs-se de pronto em movimento com firmes pedaladas.
E como veio em minha direção constatei que era não só uma mulher, como percebera à distância, mas, além disto, muito atraente.
Quase salto à sua frente para dizer: "eu também sou um ciclista" mas já era tarde.
Passou por mim sem me perceber e foi logo se afastando perdendo-se de vista.
Meio desapontado prometi a mim mesmo, da próxima vez, olhar melhor pela volta quando encontrar uma bicicleta solitária aguardando que a venham buscar.
Tampouco posso me impedir, desde então, de espiar na esquina para ver se a bicicleta não voltou a aparecer...
Verifico que está cuidada, com indícios, até pelo modelo, de poder tratar-se de uma bicicleta feminina , mas está sózinha, presa por um cabo com cadeado, ao suporte da placa de sinalização.
Seu dono ou dona, tudo indica, afastou-se para fazer alguma coisa, talvez até comprar algum medicamento na farmácia em frente.
A bicicleta, enquanto isto, companheira, aguarda quieta, sossegada, até seu retorno.
Ocorre-me que os cães e as bicicletas, talvez se possa dizer, sejam os melhores amigos do homem.
Não exigem muito, o que significa que podemos mantê-los com pouco. Têm a capacidade, quando não lhes damos muita atenção, de ficarem em um canto, sempre prontos, no entanto, a nos atender quando lembramos que estão por perto.
Mas voltando à bicicleta, simpatizei tanto com ela que pensei até em esperar pelo dono.
Queria cumprimentá-lo, dizer-lhe: " que bela bicicleta você tem, tão obediente!..."
Mas eu estava com pressa.
Disse tchau para a bicicleta e segui adiante.
Já mais distante olhei para trás e percebi que alguém se aproximava da bicicleta.
Seria um ladrão?!
Enquanto fiquei por um instante acompanhando a cena, a pessoa começou a livrar a bicicleta da placa.
Procurei então me aproximar para acompanhar melhor e só então, já mais perto, pude perceber que se tratava de uma mulher com os cabelos presos e boné.
Ainda tentei chegar mais perto ,com a intenção de tentar dizer-lhe alguma coisa, mas a oportunidade já passara.
Com a bicicleta já solta pôs-se de pronto em movimento com firmes pedaladas.
E como veio em minha direção constatei que era não só uma mulher, como percebera à distância, mas, além disto, muito atraente.
Quase salto à sua frente para dizer: "eu também sou um ciclista" mas já era tarde.
Passou por mim sem me perceber e foi logo se afastando perdendo-se de vista.
Meio desapontado prometi a mim mesmo, da próxima vez, olhar melhor pela volta quando encontrar uma bicicleta solitária aguardando que a venham buscar.
Tampouco posso me impedir, desde então, de espiar na esquina para ver se a bicicleta não voltou a aparecer...
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