segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A Bicicleta como Companhia

Manhã de domingo na praia do Cassino em Rio Grande. Como a foto permite observar, pouco movimento, poucas pessoas na rua. Um bom momento, assim, para a pessoa sentada no banco (uma mulher) ficar aproveitando a calma reinante, bem diferente da agitação do carnaval de rua durante a noite poucas horas antes.
Por única companhia, ao seu lado, a bicicleta.
Eu passo procurando não perturbar este momento mas é tal o enlevo que ele transmite que dou um jeito, bem furtivamente, de tirar uma foto.
E sigo adiante, tentando entender que união é esta que faz um ser humano e uma máquina ficarem tão próximos, embevecidos pelo silêncio e pela tranquilidade.
Na realidade quase uma espécie de par perfeito a exemplo do que, noutros tempos, verificava-se entre cavaleiro e montaria.
A bicicleta, contudo, é um tipo de montaria moderna, mecânica, à qual nos unimos, ao pedalar, em comunhão perfeita.
Cada dia que passa, aliás, mais me indago como viveríamos sem ela. Ou melhor, como podemos na sociedade urbana tratá-la, embora as exceções, de forma tão indiferente, de quase descaso ou menosprezo mesmo.

2 comentários:

  1. Este espaço está ótimo!!!
    Nádia

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  2. Que bom saber que pensas assim... Pelo menos me tira um pouco da cabeça a idéia de que possa estar falando sózinho com bicicletas...

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Talvez não saiba mas pode ser que tenhamos, em outros momentos, pedalado juntos. Pedalado em todos os terrenos que a bicicleta propicia entre eles os da criação e participação. Se chegou até aqui é quase certo que sim.Escreva seu comentário. Ele é parte fundamental deste processo.