Confesso que não estava achando até que, com o auxílio de uma lupa, pude divisar um ponto passível de ser identificado como sendo um ciclista.
Dá a impressão de que está de capacete, com colete reflexivo e, além disto, está na mesma mão dos carros, não está contramão. Um pequenino reflexo pode significar que está, também, com espelho retrovisor.Ou seja, um ciclista exemplar.
Se quiserem localizá-lo devem procurar na pista da direita, na segunda fila de carros, comprimido entre dois ônibus. O espaço é muito estreito mas o ciclista parece estar conseguindo avançar.
Poderia esperar para acompanhar o congestionamento mas, por não ser um ciclista inteiramente exemplar, procura esgueirar-se entre os veículos.
Bem, depois disto não sei o que ocorreu.
Ouvi dizer que foi a última vez que foi visto.
atualmente eu nào me surpreenderia em encontrar mais que um ciclista em meio ao caos urbanóide, dos grandes centros que, a meu ver não fica só com Sampa City. Estive há duas semanas pela city e lá verifiquei que como se fosse uma febre muitos ciclistas percorrem (solitariamente0 ruas de fluxo intenso como a Avenida Paulista,rua Augusta, Av. Faria Lima, viaduto maria paula e outras mais.... assim como eu paulista moradora de PoA percorro as ruas, avenidas e estradas também solitariamente!
ResponderExcluirAtt
Marly, a crônica é uma espécie de liberdade poética com relação à situação enfrentada por quem quer fazer da bicicleta seu meio de transporte nas médias e grandes cidades. O dado que enfatizas, da solidão do ciclista, é uma das coisas que mais me sensibiliza. Daí, inclusive, a idéia de que somos anônimos e de uma coragem beirando o suicídio.
ResponderExcluirHe he, chequei a abrir a foto em separado para tentar achar o ciclo-wally... Minha Curitiba não é muitop diferente... fora os finais de semana ensolarados nas ciclovias, é só a sarjeta que nos resta. Abraços solid(t)ários ;)
ResponderExcluirNa verdade quanto maior o congestionamento mais seguro para o ciclistas,pois carros parados não nos atropelam. Por vezes é difícil até achar um espaço para passar com a bicicleta, há que se cuidar muito mais com as motos nesses momentos.
ResponderExcluirNich, "finais de semana ensolarados nas ciclovias" e "a sarjeta que nos resta" é poesia. Pelo menos da poesia não podemos abrir mão. Obrigado!
ResponderExcluirOlavo,eis uma reflexão interessante. O congestionamento nos favorece! O que temos, assim, é dar um jeito de fazer os carros ficarem parados! Não tinha pensado nisto, quem sabe começamos a esvaziar os pneus dos carros. Guerra é guerra!
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