Dentro do novo cenário das artes em Pelotas ganha corpo
a produção saída de alunos do curso de Artes da Universidade Federal .
São na maioria propostas que, procurando sair do âmbito
dos trabalhos acadêmicos, têm a disposição de serem inovadoras.
O que deste laboratório irá perdurar dentro do difícil
contexto de tornar-se artista é impossível prever.
Mas algumas propostas, sem dúvida, são criativas e
merecem atenção.
É o caso dos trabalhos desenvolvidos através da oficina
de fotografia Olhos de Lata que empregam
a técnica do pinhole.
Embora esta técnica seja bem conhecida e, periodicamente,
volte a ser resgatada , os resultados obtidos pelo grupo são bem interessantes.
A técnica do pinhole, apenas para lembrar , consiste em
empregar uma caixa ou uma lata na qual é feita um pequeno furo. Na parede
oposta ao furo coloca-se
papel fotografíco. Diante de um objeto fixo e mantendo
igualmente fixa a lata durante um tempo que pode ser grande, o papel será
impressionado resultando uma imagem
positiva a qual basta revelar pois já se trata da
própria cópia final.
As fotos acima, de autoria de Luísa Planella , Tâmires
Rodrigues e Juliana Charnaud ilustram o
resultado do processo.Observando estas fotos e a densidade artística que incorporam não há como deixar de pensar que a câmara pinhole assume, nestes momentos, o papel de produzir imagens com o poder mágico não da lâmpada, mas de uma câmara de Aladim.